Professora da IBE-FGV afirma que harmonia entre pessoas da equipe é fundamental e que a liderança estratégica é a ferramenta necessária
No mundo corporativo moderno, muito se fala a respeito de gestão e liderança. As empresas têm investido cada vez mais na formação e desenvolvimento de líderes por meio de programas de treinamentos, subsídios, palestras e eventos. Tudo isso com um objetivo simples: tirar o melhor da equipe e, assim, obter melhores resultados de produção, qualidade e economia.
Segundo a consultora organizacional, coach e professora da IBE-FGV, Rosa Perrella, o primeiro passo é ter a noção da importância do líder e de toda a equipe para a empresa. “O principal para a organização deve ser a equipe. Você pode até pensar que seria o cliente, mas não é, pois se você o entrega nas mãos de uma equipe despreparada, pode perdê-lo. Isso ocorre, por exemplo, quando se é mal tratado durante um atendimento. Nesse caso, o alvo de reclamações passa a ser a marca ou a empresa em si. Isso é tão sério que você fala mal da marca, não da pessoa que o atendeu. Somente equipes felizes conseguem fazer os clientes felizes”, explica a especialista.
Rosa aponta que um dos grandes desafios para os líderes do mundo corporativo atual é a capacidade de lidar com as mudanças. A adaptação tornou-se requisito fundamental para o sucesso nas empreitadas frente a um mundo de pessoas e negócios cada vez mais dinâmicos. “A geração Y nasceu com a informação muito próxima e os veteranos devem aprender a lidar com isso. Por outro lado, essa geração deve entender que, por trás do sucesso de alguém, há uma história e não dá para pular etapas. Fazer a fusão e promover a harmonia das habilidades é a tarefa mais desafiadora do líder, mas que trará grandes benefícios”, destaca.
Um dos fatores que ajudam os líderes a obterem os melhores resultados é tratar cada integrante como único, com a percepção de que cada profissional possui suas próprias características e necessidades. “As novas gerações valorizam muito o clima no ambiente de trabalho e a qualidade da liderança. O líder deve reconhecer seus erros e pedir desculpas caso tenha magoado ou prejudicado alguém. Ele deve buscar flagrar a pessoa fazendo algo certo para elogiar em público. Quando ocorrer um mal entendido, ele precisa agir com muita calma e humildade. Esse tipo de atitude gera admiração nas pessoas e o sucesso fica muito mais próximo”, explica a professora.
Segundo ela, uma pessoa não é capaz de motivar a outra, mas ela pode influenciar o que já estava definido. Um elogio, por exemplo, pode deixar um colaborador motivado, em média, quatro semanas. Confira algumas dicas para identificar o nível de motivação de sua equipe.
Absenteísmo
Atrasar frequentemente ou extrapolar o horário do almoço pode significar falta de motivação. Para reverter o quadro, será necessária uma conversa transparente com o colaborador, não sobre os atrasos, mas sobre a sua satisfação com o trabalho.
Baixa produtividade
Tão importante quanto a assiduidade e o compromisso no local de trabalho é a produção e a qualidade. Alguém desmotivado tende a produzir menos, o que pode comprometer os processos da empresa e gerar desconforto com a equipe. Identificar o motivo da insatisfação também será o melhor remédio.
Alta rotatividade
Colaborador insatisfeito muda de trabalho. Também conhecido como turnover, a rotatividade da equipe diz muito a respeito do nível de motivação e satisfação das pessoas. Se a taxa for alta, algo precisa mudar, seja nos processos ou na gestão.
Rosa Perrella é consultora empresarial, coach organizacional, professora e palestrante, especialista em gestão de liderança e desenvolvimento de equipes e coach organizacional. É formada em Administração, mestranda em Educação, possui MBA em Desenvolvimento Humano de Gestores pela IBE-FGV e tem Pós-graduação em Gestão Estratégica de Negócios, Psicologia Transpessoal, Marketing Empresarial, Gestão de Pessoas e Negociação Avançada.
Fonte: SEGS
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