quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Elimine as influências na hora da escolha profissional! - Por Maurício Sampaio

Na fase da escolha profissional, as influências externas interferem muito. A maioria dos jovens se sente insegura com suas opções e, então, parte para pedir a opinião de colegas, parentes e, principalmente, dos pais. Solicitar conselhos a alguém mais próximo ou pesquisar na internet é muito importante, porém, diversos adolescentes mudam demais suas escolhas por conta dos palpites alheios ou do excesso de informações contraditórias.
Várias são as situações que podem exercer influência em uma escolha: um pai que diz que o que você escolheu não tem futuro, um amigo mais próximo que prevê que a sua opção não vai dar dinheiro, um parente que já é profissional na área e está descontente ou até uma má notícia sobre determinado setor da economia.
 
Sem falar nos pais que tiveram sucesso e desejam que seus filhos deem continuidade na sua profissão e até nos negócios. Em famílias de médicos e advogados, isso é muito comum e explica um levantamento do Sebrae, que aponta que, no Brasil, 85% das empresas são familiares. Isso é muito bom, desde que essa escolha seja autêntica e de total interesse do jovem. Caso contrário, de médio a longo prazo, torna-se um grande problema.
 
A vida profissional é assunto de embate entre os pais e seus jovens filhos: os pais, empresários, desejam assegurar uma vida digna, sem muitas dificuldades, e querem repassar o legado aos filhos. Por outro lado, existem os que entendem que esse é um momento muito delicado e especial para os filhos, fase de entrada para a vida adulta, na qual tudo o que os adolescentes precisam é de um tempo para se descobrirem, mostrarem seus interesses e aptidões. É o que chamamos de maturidade vocacional. Esses pais compreendem que os filhos devem assumir as rédeas de suas próprias vidas, criar sua identidade e construir seu próprio sonho.
 
É óbvio que todos ficariam felizes em compartilhar seus sonhos com seus filhos, mas temos que entender que na vida cada qual possui ou quer possuir sua própria história. O melhor a fazer é estar ao lado do seu filho, entender seus desejos e ajudar a desvendá-los, fazendo uso de sua experiência. Se no futuro seu filho for infeliz com a profissão que você direcionou, haverá uma eterna culpa.
 
Atualmente, vivemos em uma sociedade onde muitos são infelizes profissionalmente. E um dos motivos é que as gerações anteriores escolheram seus caminhos por falta de opções ou por imposição de seus pais. Felizmente, o cenário mudou e os pais têm maior abertura de diálogo com seus filhos, que têm oportunidades infinitamente maiores.
 
O jovem, no entanto, deve ficar alerta se a sua escolha profissional está sendo feita com base somente no retorno financeiro ou por realização pessoal. O mercado corporativo sente na pele a falta de profissionais realizadores e proativos. Portanto, consciência (sem influência)!
 
Maurício Sampaio é coach de carreira, palestrante, escritor e fundador do InstitutoMS de Coaching de Carreira. Já publicou os livros “Escolha Certa”, “Influência Positiva - Pais & Filhos: construindo um futuro de sucesso” e “Coaching de Carreira”. www.mauriciosampaio.com.br e www.imscoachingdecarreira.com.br

Fonte: SEGS

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